O conflito seria equilibrado: o Brasil levaria a melhor com o Exército, mais numeroso, mas a Venezuela teria vantagem nos ares com seus caças russos de última geração. O que pega para o Brasil é que o investimento nas Forças Armadas está congelado desde 1995, enquanto a Venezuela firmou acordos com potências militares. O presidente de lá, Evo Morales, trocou armas americanas e européias por modelos russos e comprou 100 mil fuzis russos AK-103, o AK-47 atualizado.
Isso seria um páreo duro para nossa infantaria. "O Exército brasileiro tem competência técnica, o que não tem é material e recursos financeiros", diz o cientista político Christian Lohbauer. Se a guerra rolasse mesmo, a Amazônia seria o ponto de partida. Os combates ali na fronteira, se não contidos a tempo, poderiam iniciar uma escalada, com maior envio de tropas e emprego de aviação. Depois, combates navais e até bloqueio da costa.
Mas o perrengue está longe de virar realidade. "A Venezuela é ameaça apenas à Colômbia e à Guiana. À Colômbia, por causa de problemas de fronteira; da Guiana, a Venezuela reivindica a margem esquerda do rio Essequibo", diz o coronel Geraldo Cavagnari, membro do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. :-
0 BRASIL Exército - O Exército brasileiro é o maior da América Latina, mas falta grana para equipá-lo. A honrosa exceção são os "núcleos de excelência", como as forças de emprego rápido: pára-quedistas, infantaria ligeira transportável por helicópteros, brigada de forças especiais e os batalhões de guerra na selva seriam os primeiros a intervir rapidamente em um conflito na Amazônia, já que armas pesadas como tanques e obuseiros nem conseguem entrar na floresta fechada
Número de homens - 189 000
Tanques - 464
Blindados de reconhecimento - 409
Blindados de transporte de tropas - 803
Obuseiros - 534
Morteiros pesados - 1 020
Helicópteros - 75
Marinha - A nossa Marinha é a única da América Latina com um porta-aviões, o São Paulo, capaz de atacar com aviões ou fazer desembarques anfíbios em terra. Os caças-bombardeiros Skyhawk são antigos, mas dentro do padrão da região. Os submarinos estão entre os mais eficazes em sua categoria. Os fuzileiros navais têm tropas profissionais e forças especiais que seriam de grande auxílio ao Exército na Amazônia
Número de homens - 47 450
Porta-aviões - 1
Submarinos - 5
Fragatas e corvetas - 14
Navios anfíbios grandes - 3
Navios de patrulha costeira e fluvial - 32
Aviões - 23 Helicópteros - 71
Aeronáutica - A FAB não conta com caças de última geração, mas é uma força equilibrada e razoavelmente numerosa. O elemento mais importante é a presença dos R-99A, aviões-radar de alerta antecipado, que permite um controle eficaz das operações e o bloqueio do espaço aéreo ao inimigo. Os 132 aviões de transporte dão uma força em uma região como a Amazônia, na qual as distâncias são grandes e cobertas lentamente por barcos.
Número de homens - 65 300
Aviões de transporte - 132
Helicópteros - 97
F-5E/F* - 45 AMX A-1* - 33
Mirage 2000 B/C* - 12
AT-29 Super Tucano* - 76
AT-27 Tucano (EMB 312)* - 109
R-99A** - 5
R-99B** - 3
VENEZUELA Exército - O contingente é pequeno mesmo em termos latino-americanos, e a maior parte é formada por conscritos, os recrutas alistados. Seu equipamento não tem nada de notável - há mesmo alguns blindados de transporte de tropas Urutus, fabricados no Brasil. Chávez tem incentivado a formação de milícias.
Número de homens - 34 000
Tanques - 197
Blindados de reconhecimento - 30
Blindados de transporte de tropas - 290
Obuseiros - 122
Morteiros pesados - 225
Helicópteros - 26
Marinha - As forças navais venezuelanas só alcançam a costa - nas águas oceânicas, sua capacidade de operação é reduzida. Seus dois submarinos de origem alemã e fragatas italianas são relativamente modernos. Chávez está querendo comprar potentes submarinos russos da classe Amur para servir como dissuasão de um eventual ataque americano.
Número de homens - 26 100
Porta-aviões - 0
Submarinos - 2
Fragatas e corvetas - 6
Navios anfíbios grandes - 0
Navios de patrulha costeira e fluvial - 6
Aviões - 3
Helicópteros - 14
Aeronáutica - Os caças russos Sukhoi-30MK2 são o grande trunfo do governo Chávez.A vantagem desses caças é uma combinação de maior velocidade, alcance e, principalmente, capacidade de manobra, armamento e eletrônica de bordo. Além dos caças, estão previstas compras de helicópteros russos de transporte e de ataque, o que na versão de alguns analistas modificaria o equilíbrio de forças na região
Número de homens - 7 000
Aviões de transporte - 55
Helicópteros - 80
Sukhoi-30MK2* - 18
F-16A/B* - 22
CF-5A/B* - 16 Mirage 50* - 16
EMB 312 Tucano* - 12
R-99A** - 0
-99B** - 0
Aliados- Colômbia Com o rompimento de laços com a Venezuela, a Colômbia poderia ser uma eventual aliada brasileira na guerra. O Exército colombiano é numeroso: 178 mil homens, quase tanto quanto o brasileiro. A "vantagem" dessa aliança seria que, se Chávez atacasse a Colômbia, os poderosos Estados Unidos entrariam no conflito ao nosso lado Bolívia Um aliado de Chávez no continente é a Bolívia, cujas Forças Armadas são pequenas e mal equipadas.
O Exército da Bolívia tem apenas 25 mil homens e péssimo histórico: mesmo aliados com o Peru, perderam a Guerra do Pacífico contra o Chile (1879-1883); perderam o Acre para o Brasil (1903) e a Guerra do Chaco contra o Paraguai (1932-1935)
Creditos: Mundo Estranho
2 comentários
Click here for comentáriosMuito bom o artigo, muita informaçao
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