Forças curdas na Síria são acusadas de crimes de guerra pela Anistia Internacional

Anistia Internacional durante uma missão enviada a 14 cidades e povoados no norte e nordeste da Síria, descobriu uma série de deslocamentos forçados da população  e a destruição de casas realizados pelas forças curdas que controlam a área.
O deslocamento forçado e demolições no norte da Síria revelam evidências de abusos alarmantes, incluindo relatos de testemunhas oculares e imagens de satélite, detalhando o deslocamento deliberado de milhares de civis e a destruição de aldeias inteiras em áreas sob o controle do Administração autônoma, muitas vezes em represália a residentes  quando percebida simpatia ou  laços para com membros da Estado Islâmico (EI) ou outros grupos armados.
“Eles deliberadamente demoliram casas de civis, queimando vilas inteiras, deslocando os seus habitantes sem motivos militares justificáveis, a Administração Autônoma está abusando de sua autoridade e descaradamente desrespeitando o direito humanitário internacional, em ataques que equivalem a crimes de guerra”, disse Lama Fakih, Consultor sênior da ONG.
Segundo a Anistia, as destruições observadas não são consequência dos combates contra os jihadistas, mas de uma “campanha deliberada e coordenada de castigo coletivo dos habitantes de povoados controlados antes pelo EI, ou suspeitos de abrigar seguidores do Estado Islâmico”.
Imagens de satélite examinadas por essa organização de defesa dos direitos humanos baseada em Londres mostram que o povoado de Huseiniya (nordeste) foi destruído em 94% entre junho de 2014 e junho de 2015.

Combatentes curdos sírios “nos tiraram das nossas casas e começaram a queimá-las, trouxeram escavadeiras, destruíram as casas uma depois da outra até acabar com todo o povoado”, relatou um morador de Huseiniya, citado pela Anistia.
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