Nicolás Maduro determinou o fechamento da fronteira entre Colômbia e Venezuela e deportou mais de 1.400 colombianos. |
Diante das ofertas de mediação recebidas de países da região nos últimos dias, Venezuela e Colômbia continuam discordando sobre o melhor canal para resolver a crise diplomática que vivem.
O problema surgiu após o fechamento da fronteira entre os dois países pelo governo de Nicolás Maduro.
Enquanto Maduro disse aceitar a mediação de Brasil e Argentina e que se encontraria com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, onde ele quisesse, o governo colombiano, segundo a reportagem apurou, tem mais interesse na ajuda oferecida pelo Uruguai.
Isso porque o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, teria sido mais enfático numa proposta de intermediação do que o Brasil e a Argentina.
Mesmo após a passagem dos chanceleres Mauro Vieira (Brasil) e Héctor Timerman (Argentina) por Bogotá na sexta (4) e de uma conversa por telefone com a presidente Dilma Rousseff na semana passada, Santos anunciou, na segunda (7), que aceitava a proposta de Vázquez, de marcar uma reunião com as duas partes em Montevidéu.
Nesta quarta-feira (9), contudo, Santos disse que Maduro não atende os telefonemas de Vázquez. "Hoje falei com o presidente do Uruguai. Ele comentou que não consegue falar ao telefone com o presidente Maduro desde a semana passada", afirmou o colombiano.
O Uruguai ocupa a presidência temporária da Unasul, mas a Colômbia vê o convite de Vázquez como uma oferta do país, e não do bloco.
Discutir o tema na OEA (Organização dos Estados Americanos) era, inicialmente, a preferência de Bogotá. A Venezuela, por sua vez, preferia que a Unasul intermediasse as conversas.
A Colômbia, no entanto, não conseguiu que a OEA convocasse seus chanceleres para debater a violação dos direitos humanos dos colombianos na fronteira -numa votação em que o Brasil se absteve.
O governo Santos resiste à mediação da Unasul depois que o bloco adiou uma reunião sobre o tema, na última semana.
Nesta quarta, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, também viajou para Bogotá e iria, na sequência, a Caracas para oferecer ajuda no diálogo entre os dois países.
O governo brasileiro diz não ver uma disputa entre as ofertas dos países vizinhos, já que todos estariam tentando promover uma aproximação entre Caracas e Bogotá.
Uma solução seria unir os esforços dos países vizinhos que já se ofereceram. Nesta semana, Dilma conversou por telefone com Vázquez. A decisão final, contudo, é das duas partes envolvidas.
AUTODESTRUIÇÃO
Nesta quarta, Santos deu sua mais forte declaração desde que, há três semanas, Maduro determinou o fechamento da fronteira entre os dois países e deportou mais de 1.400 colombianos.
Segundo ele, a revolução bolivariana está "se autodestruindo". Santos repetiu que a origem dos problemas do vizinho está em Caracas, e não em Bogotá.
"Não estou destruindo a revolução bolivariana. A revolução bolivariana está se autodestruindo, por seus resultados, não por causa dos colombianos ou do presidente da Colômbia", disse Santos.
O problema surgiu após o fechamento da fronteira entre os dois países pelo governo de Nicolás Maduro.
Enquanto Maduro disse aceitar a mediação de Brasil e Argentina e que se encontraria com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, onde ele quisesse, o governo colombiano, segundo a reportagem apurou, tem mais interesse na ajuda oferecida pelo Uruguai.
Isso porque o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, teria sido mais enfático numa proposta de intermediação do que o Brasil e a Argentina.
Mesmo após a passagem dos chanceleres Mauro Vieira (Brasil) e Héctor Timerman (Argentina) por Bogotá na sexta (4) e de uma conversa por telefone com a presidente Dilma Rousseff na semana passada, Santos anunciou, na segunda (7), que aceitava a proposta de Vázquez, de marcar uma reunião com as duas partes em Montevidéu.
Nesta quarta-feira (9), contudo, Santos disse que Maduro não atende os telefonemas de Vázquez. "Hoje falei com o presidente do Uruguai. Ele comentou que não consegue falar ao telefone com o presidente Maduro desde a semana passada", afirmou o colombiano.
O Uruguai ocupa a presidência temporária da Unasul, mas a Colômbia vê o convite de Vázquez como uma oferta do país, e não do bloco.
Discutir o tema na OEA (Organização dos Estados Americanos) era, inicialmente, a preferência de Bogotá. A Venezuela, por sua vez, preferia que a Unasul intermediasse as conversas.
A Colômbia, no entanto, não conseguiu que a OEA convocasse seus chanceleres para debater a violação dos direitos humanos dos colombianos na fronteira -numa votação em que o Brasil se absteve.
O governo Santos resiste à mediação da Unasul depois que o bloco adiou uma reunião sobre o tema, na última semana.
Nesta quarta, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, também viajou para Bogotá e iria, na sequência, a Caracas para oferecer ajuda no diálogo entre os dois países.
O governo brasileiro diz não ver uma disputa entre as ofertas dos países vizinhos, já que todos estariam tentando promover uma aproximação entre Caracas e Bogotá.
Uma solução seria unir os esforços dos países vizinhos que já se ofereceram. Nesta semana, Dilma conversou por telefone com Vázquez. A decisão final, contudo, é das duas partes envolvidas.
AUTODESTRUIÇÃO
Nesta quarta, Santos deu sua mais forte declaração desde que, há três semanas, Maduro determinou o fechamento da fronteira entre os dois países e deportou mais de 1.400 colombianos.
Segundo ele, a revolução bolivariana está "se autodestruindo". Santos repetiu que a origem dos problemas do vizinho está em Caracas, e não em Bogotá.
"Não estou destruindo a revolução bolivariana. A revolução bolivariana está se autodestruindo, por seus resultados, não por causa dos colombianos ou do presidente da Colômbia", disse Santos.
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